O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deliberou pela imediata prisão de Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, para cumprimento da pena de 9 anos de prisão por estupro coletivo na Itália. A sentença italiana foi homologada pelo STJ, determinando que Robinho inicie sua pena em regime fechado em uma penitenciária brasileira.
O caso remonta a 2013, quando o ex-jogador, então defendendo o Milan, foi condenado por autoridades italianas por um episódio ocorrido em uma boate de Milão. Apesar dos recursos, o caso transitou em julgado em 2022, e a decisão do STJ indica que a prisão pode acontecer nos próximos dias pela Justiça Federal de Santos, em São Paulo.
A votação no STJ resultou em maioria esmagadora a favor da prisão imediata, com os ministros Francisco Falcão, relator do caso, Humberto Martins, Herman Benjamin, Luís Felipe Salomão, Benedito Gonçalves e Ricardo Villas Bôas Cueva endossando a decisão. Embora houvesse dissidência, com os ministros Raul Araújo e Benedito Gonçalves votando contra a homologação da pena, a maioria decidiu pelo cumprimento imediato da sentença.
A defesa de Robinho, representada pelo advogado José Eduardo Alckmin, pretende recorrer da decisão, planejando ingressar com Habeas Corpus e buscar instâncias superiores, como o STJ e o STF, contra a homologação da sentença italiana.
Com a decisão do STJ, Robinho enfrentará o início de sua pena em uma penitenciária brasileira, marcando um desfecho significativo em um caso que se arrasta há anos, trazendo à tona debates sobre justiça, extradição e responsabilidade criminal.