Com a chegada do período de seca, o Tocantins enfrenta uma crescente onda de queimadas, que vêm trazendo sérios riscos à saúde da população. A fumaça resultante desses incêndios carrega compostos tóxicos, como material particulado fino (PM2.5) e monóxido de carbono (CO), que afetam diretamente o sistema respiratório e cardiovascular, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Como a fumaça das queimadas afeta a saúde
A fumaça das queimadas é composta por uma combinação de poluentes nocivos, como o PM2.5, que são partículas tão pequenas que podem ser inaladas e penetrar profundamente nos pulmões. Essa exposição prolongada pode causar inflamações, aumentar o risco de doenças respiratórias e agravar condições pré-existentes, como asma e bronquite. O monóxido de carbono, outro componente presente na fumaça, interfere na capacidade do corpo de transportar oxigênio, o que pode gerar complicações graves, como arritmias e infartos.
Um exemplo recente dos impactos das queimadas na saúde ocorreu na cidade de Miranorte, onde um incêndio levou mais de 20 pessoas a procurarem atendimento médico por problemas respiratórios. Esse tipo de situação é comum em épocas de seca, e a fumaça, além de prejudicar o ar que respiramos, pode deixar consequências duradouras na saúde de quem é exposto a ela.
Queimadas se intensificam no Tocantins
Nos últimos meses, o Tocantins tem registrado um aumento expressivo nos focos de queimadas, agravando ainda mais a qualidade do ar. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o estado está entre os mais afetados pelo crescimento de incêndios. Esse cenário preocupa tanto especialistas de saúde quanto as autoridades, que alertam a população sobre os riscos de inalar a fumaça e recomendam cuidados adicionais durante esse período.
O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas evitem atividades físicas ao ar livre e permaneçam em locais fechados e bem ventilados durante os picos de fumaça. A ingestão de líquidos também é essencial para manter as vias respiratórias hidratadas, e o uso de máscaras é recomendado para proteger a população da exposição direta às partículas nocivas.