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Homem fatalmente atingido por tiro acidental de espingarda em zona rural de Palmas ao atravessar cerca

Palmas, TO – Um trágico acidente com arma de fogo resultou na morte de Sebastião Rafael Nogueira, de 35 anos, na tarde deste domingo (19), em uma fazenda localizada no Assentamento São João I, zona rural de Palmas. O incidente, investigado pela Polícia Civil, destaca os riscos associados ao manuseio inadequado de armamentos em áreas rurais.

Circunstâncias do Acidente Fatal

Segundo relatos obtidos no local do ocorrido, a vítima foi atingida por um disparo acidental de sua própria espingarda calibre .44 enquanto atravessava uma cerca de arame. O tiro, efetuado a curta distância, causou ferimentos graves que levaram à morte imediata de Sebastião no local.

O corpo foi encontrado caído próximo à cerca, o que mobilizou rapidamente as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), peritos da Polícia Técnico-Científica e o Instituto Médico Legal (IML). Os socorristas confirmaram a morte no atendimento inicial, e a perícia atestou que o disparo ocorreu a queima-roupa, reforçando a natureza acidental do episódio.

A arma envolvida, identificada como uma carabina calibre .44, foi localizada escondida em arbustos próximos. Um familiar da vítima teria colocado o armamento ali para prevenir novos incidentes. Tanto a carabina quanto as munições foram apreendidas e encaminhadas à Delegacia de Polícia Civil de Palmas, onde a investigação prossegue para esclarecer todos os detalhes.

Histórico Criminal da Vítima Revela Passado Sombrio

Sebastião Rafael Nogueira carregava um histórico criminal que chocou a comunidade local. Em 2015, ele foi condenado, ao lado de Paulo V. N. e Aline P. O., pelo assassinato e ocultação de cadáver de Cláudia Alves dos Santos, crime ocorrido em dezembro de 2011, em Palmas. O caso ganhou ampla repercussão pela crueldade e pelos laços familiares entre os envolvidos.

O trio recebeu sentenças variando de 12 a 18 anos de reclusão. Sebastião, considerado o principal executor, foi condenado a 18 anos de prisão pelo juiz Gil Corrêa, da 1ª Vara Criminal de Palmas, em julgamento realizado pelo Tribunal do Júri em outubro de 2015.

De acordo com os autos do processo, os irmãos Sebastião e Paulo atuaram em conjunto com Aline – que era filha adotiva e prima da vítima – para atrair Cláudia a uma emboscada em sua residência. A mulher foi dopada, asfixiada e teve o corpo transportado para uma fazenda na rodovia que liga Palmas a Aparecida do Rio Negro, onde foi ocultado.

O crime só foi descoberto em 2013, quando Aline, então namorada de Sebastião, decidiu denunciar os comparsas às autoridades. A delação expôs a rede de relações familiares e a frieza do planejamento, marcando o caso como um dos mais impactantes na história criminal recente de Palmas.

A Polícia Civil continua apurando tanto o acidente quanto possíveis conexões com o passado da vítima, em meio a debates sobre segurança com armas de fogo em zonas rurais.

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